O Instituto Futura fez 601 entrevistas entre os dias 2 e 6 de agosto. A confiança na Polícia Federal tem relação direta com as ações de combate à corrupção e às irregularidades do sistema político, que está muito desacreditado como mostra a pesquisa.
A falta de confiança na política e nos políticos tem como efeito colateral um aumento da confiança em quem vem se destacando no combate à corrupção e às irregularidades do Poder Público. Pesquisa do Instituto Futura sobre a confiança dos baianos nas instituições mostra que a Polícia Federal está apenas atrás da família e do Corpo de Bombeiros entre as instituições em que a população de Salvador mais acredita. Na outra ponta da tabela, estão os políticos - os partidos, o legislativo estadual e o municipal e o governo do estado.
Para análise, o Futuro dividiu as respostas em dois blocos: um de confiança (respostas ‘confia muito’ e ‘confia’) e outro de desconfiança (‘não confia’ + ‘confia pouco’). Das 16 instituições avaliadas, apenas quatro tiveram o índice de confiança maior que o de desconfiança: família (82,4% de confia e confia muito), bombeiros (79,9%), a Polícia Federal (55,7%) e as organizações de defesa do meio ambiente (51,1%).
Nos últimos lugares da lista, ficaram os partidos políticos (92,3% de desconfiança: não confia + confia pouco), a Câmara dos Vereadores de Salvador (83,4%), a Assembleia Legislativa (83,4%), o governo estadual (77,2%), sindicatos (75,4%) e a Justiça (72%).
Os números da pesquisa revelam ainda que, quanto maior a escolaridade, maior o grau de desconfiança nas instituições. Entre os entrevistados com ensino superior, a desconfiança nos partidos e na Câmara de Salvador bateu recorde: 97,3% para ambos.
Chama atenção ainda neste segmento a desconfiança nas instituições religiosas que atinge 70,7% - bem acima do índice geral de 57,9%. Entre os entrevistados com ensino fundamental, a confiança nas instituições é maior: além de família, bombeiros, PF e ambientalistas, o Procon e as instituições religiosas também tiveram índices positivos.
Na avaliação por renda, a classe C mostrou-se mais desconfiada do que a média com todas as instituições. Chama a atenção os índices de desconfiança em relação à mídia (jornais, revistas, TVs, rádios, internet) - 71,1% na classe C, seis pontos percentuais acima do índice geral - e à Justiça - 77,5%, mais de cinco pontos acima da média. Na classe A/B, o índice de desconfiança na mídia (56,1%) e nas empresas (53%) é menor do que em outros segmentos.
Chama atenção ainda neste segmento a desconfiança nas instituições religiosas que atinge 70,7% - bem acima do índice geral de 57,9%. Entre os entrevistados com ensino fundamental, a confiança nas instituições é maior: além de família, bombeiros, PF e ambientalistas, o Procon e as instituições religiosas também tiveram índices positivos.
Na avaliação por renda, a classe C mostrou-se mais desconfiada do que a média com todas as instituições. Chama a atenção os índices de desconfiança em relação à mídia (jornais, revistas, TVs, rádios, internet) - 71,1% na classe C, seis pontos percentuais acima do índice geral - e à Justiça - 77,5%, mais de cinco pontos acima da média. Na classe A/B, o índice de desconfiança na mídia (56,1%) e nas empresas (53%) é menor do que em outros segmentos.