Os parlamentares nacionais não precisam seguir a vontade popular. E podem contrariá-la. Mesmo que essa consulta democrática tenha custo milionário aos cofres públicos.
Os eleitores paraenses responderão nas urnas, em 11 de dezembro, se desejam que seu Estado seja desmembrado. Porém, essa votação sobre a possível criação de mais duas unidades federativas, Carajás e Tapajós, será somente uma consulta, sem qualquer poder decisório. É o Congresso Nacional que determinará se o Pará acabará dividido, confirma o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que publicou, na ultima sexta-feira (8).
Os gastos do plebiscito ainda não são estimados. Os dois turnos das eleições de 2010, no Pará, consumiram cerca de R$ 20 milhões, por exemplo. Entretanto, existem variações, como a necessidade de tropas federais de segurança em alguns municípios.
Até 16 de dezembro, transcorrido o prazo para contestação, o resultado será homologado pelo TSE e encaminhado ao Congresso. Dada a proximidade do recesso de fim de ano, o destino do território paraense deve ser anunciado somente em fevereiro de 2012.
Os eleitores vão às urnas responder as questões: se são a favor da criação do estado de Carajás e se concordam com a criação de Tapajós. Para responder sim, devem digitar 55 e, para o não, 77. A partir do dia 13 de setembro, comícios e alto falantes estão liberados pelo estado. Um mês antes da votação, rádios e televisões do Pará ainda transmitirão a propaganda gratuita.