Começando a definir os caminhos eleitorais para 2012, os principais partidos políticos no Ceará vão se deparar com exames fundamentais que apontarão, de vez, como anda a nova conjuntura brasileira. Será quando a migração do PT da oposição para a situação, com representantes petistas em todas as esferas da política brasileira e uma recondução das escolhas dos representantes brasileiros poderá ter sua consolidação posta em exame.
Será nas próximas eleições municipais que o partido vai poder testar, de fato, os resultados dos oito anos de gestão de Luís Inácio Lula da Silva e da eleição de sua sucessora, Dilma Rousseff, nas bases do eleitorado. No ano que vem, os fortalezenses darão a resposta final sobre as duas administrações da prefeita Luizianne Lins e seu reflexo nas cadeiras da Câmara de Vereadores.
“O PT está se organizando para um bom resultado. Primeiro, pelos avanços que nós obtivemos no Governo Federal, com a geração de empregos e seus programas sociais, que atingem, principalmente, as classes populares, ampliando nosso eleitorado”, diz o presidente do diretório do PT em Fortaleza, Raimundo Ângelo. Segundo ele, resultados podem ser ilustrados também pelo número de filiados, que saltou de 16 mil em 2008 para 22 mil neste ano.
Ao mesmo tempo, a medida do tamanho da força do PT no poder vai ser também construída a partir da resposta do eleitor ao principal adversário da política petista, o PSDB. Mesmo já com Lula como presidente e Cid no Governo Estadual, os tucanos foram os mais bem sucedidos nas eleições de 2008, elegendo o maior número de prefeitos e vereadores no Ceará. Para o ano que vem, no entanto, há controvérsias sobre a medida da fatia abocanhada pelo PSDB.
O principal desses fatores é o conhecido distanciamento do partido do grupo político que hoje se expande pelas três esferas de poder em vários estados do Brasil, como no caso do Ceará. O outro é a já sinalizada migração em massa dos tucanos rumo ao PSD, que ainda nem é partido oficial, mas que já chega prometendo arrastar consigo pelo menos 35 prefeituras hoje sob o comando de diversos políticos que devem mudar de legenda, entre elas o PSDB.
Depois de um período de estremecimento com a equipe do principal aliado eleitoral no Ceará, Cid Gomes, Luizianne retomou os planos para a manutenção da aliança entre PT e PSB, informando, na última semana que o candidato escolhido terá de atender às expectativas do governador e será escolhido até dezembro. Até que a aliança tome corpo de vez, siglas que compõem a base de apoio tanto de um lado quanto de outro passam por um período de discurso em defesa de candidatos próprios.Entre os opostos PT e PSDB, surge a legenda do PSD como fiel da balança para garantir maior apoio ao Governo do Estado. Nesse quadro, o partido tende a crescer tirando gente da base e da oposição a Cid Gomes.
com informações: O Povo
