Senador manifesta solidariedade à "faxina" que a presidente Dilma faz em ministérios
Senador Pedro Taques (PDT-MT) é solidário com a faxina que Dilma faz em ministérios |
Para o ex-procurador da República, a corrupção mata, ao roubar o futuro das crianças. Ele defendeu a elaboração de um projeto estratégico para o país, que passa necessariamente pelo combate à corrupção. Para ele, não adianta criar "200 mil programas" se o dinheiro será roubado e não alcançará a população que deve ser beneficiada.
Taques criticou parlamentares que trocam seu apoio ao governo por liberação de verbas ou nomeação de indicados para cargos públicos.
- Não quero cargos, não é essa a função de um senador. Não quero emendas de parlamentares, não sou despachante do orçamento da União - afirmou.
O senador pregou a superação da hipocrisia no meio político.
-Temos de pensar um projeto estratégico de país. Somos maiores do que o Governo Fernando Henrique, somos maiores do que o Governo Lula, somos maiores do que dois partidos políticos. A República precisa pensar projetos estratégicos, sem politicalha, sem pensar quem fez mais ou fez menos - afirmou o parlamentar.
Pedro Taques perguntou se a base do o Governo discute programas ou projetos.
- O que é base? Discutimos programas, projetos? Esta base se fundamenta em que requisitos, em que princípios? Em divisão? Em botim do estado? Em fazer com que o estado seja dividido em capitanias partidárias? No aparelhamento do estado por partidos políticos? Partidos políticos são importantes, mas o mais importante é a República, o mais importante é o Estado. Não podemos transformar a República em uma divisão de partidos políticos. O partido A é dono do ministério B. O partido C é dono do ministério X. Isso existe no mundo? Isso é presidencialismo de coalizão? Quais são os interesses? - indagou Pedro Taques, que foi aparteado pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Ana Amélia Lemos (PP-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ataídes de Oliveira (PSDB-TO).
O senador recomendou a leitura de dois livros: A Arte de Roubar, escrito por um padre no século 17, que relata os roubos naquela época no Brasil; e Como a Picaretagem Tomou Conta do Mundo, outro livro que fala da corrupção.
O senador Pedro Taques também protestou pelo fato de poucas autoridades da República terem levantado sua voz em favor da magistratura brasileira, abalada com o assassinato da juíza Patrícia Acioli, no último dia 11.
O parlamentar afirmou que, quando um servidor público é morto devido ao exercício de sua função, a própria cidadania fica prejudicada.
Ele afirmou que o crime organizado existe no Brasil e que a magistratura brasileira precisa de apoio neste momento.
fonte: Agencia Senado