Legendas estipulam valores para doações e abocanham percentual dos salários daqueles que conseguem cargos públicos; valor chega a R$ 4 mil para deputado
Nem só de ideologia e sonhos revolucionários vivem os partidos políticos. Filiar-se a um deles tem preço, que varia de uma contribuição simbólica anual, de R$ 15 (no caso do PT), até um dízimo mensal mínimo de R$ 47 para o PSDB.
O problema (para os partidos) é que nem todo mundo paga. No caso dos tucanos e na maioria dos outros partidos, o funcionário com cargo público - como prefeitos, vereadores, deputados, secretários e diretores -, tem uma porcentagem obrigatória por mês descontada. No PSDB, este valor é de 3%, assim como PT e PP. O
PCdoB e o Psol são os partidos com a maior porcentagem para este caso, 20% do salário de cada um. A primeira coisa que o pretendente ao se filiar tem que saber, é que terá que assumir um compromisso para o partido funcionar e para isso é preciso dinheiro.
PCdoB e o Psol são os partidos com a maior porcentagem para este caso, 20% do salário de cada um. A primeira coisa que o pretendente ao se filiar tem que saber, é que terá que assumir um compromisso para o partido funcionar e para isso é preciso dinheiro.
O DEM e o PMDB são casos à parte, a contribuição é espontânea para todos , independente de ser filiado ou ter cargo político. Existe um fundo partidário que poderia ajudar as legendas em âmbito municipal, mas esse dinheiro é distribuído apenas entre os níveis nacionais e estaduais”,
Em ano eleitoral, os gastos dos partidos aumentam significativamente. Durante este período, uma das maiores fontes de financiamento são empresas particulares, que podem fazer doações direto na conta da legenda ou do candidato, desde que o mesmo tenha CNPJ.
O Fundo Partidário é composto por dinheiro público para a sustentação dos partidos brasileiros. Como lembra a ONG Voto Consciente, no fundo quem paga as campanhas políticas e o tempo de propaganda nas televisões é o povo. Os presidentes municipais das legendas reclamam que este fundo não é repartido na esfera municipal.
A lógica é simples: se os partidos não cobram contribuições dos filiados é porque eles não querem ser cobrados. Este raciocínio é do membro da ONG Voto Consciente, Henrique Parra Parra Filho, que não é filiado a nenhum partido, mas está engajado na democracia do processo eleitoral.
Na opinião do graduando em ciências políticas, muitos partidos pequenos são comandados por poucas pessoas, por isso preferem não ser incomodados. Ele cita como bom exemplo a fase inicial do PT, formada em cima de uma base de filiados, que escolhiam seus representantes por meio de um processo eleitoral direto. “Hoje, infelizmente, as coisas são mais obscuras”, disse. Na opinião de Henrique, os filiados precisam pensar o que o partido cobra e o que ele oferece.
fonte: agencia BOM DIA